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domingo, 30 de outubro de 2011

Fases da Escrita












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O bullying: uma nova forma de preconceito


Silvio Profirio
Chegamos ao novo milênio e, com ele, à intensificação das diversas formas de preconceito. Esse problema não é

algo recente. Contudo, tem se intensificado nos últimos anos e se refletido continuamente nos mais diversos

âmbitos sociais. Tal situação fez com que ele adquirisse outras denominações, como bullying. Mas,

independentemente de sua denominação, esse mal leva as pessoas a julgarem outras com base em diversos fatores,

tais como: sociais, econômicos, linguísticos, etários, de orientação sexual, de aparência física, de cor, etc.

Essa nova denominação, bullying, tem sido objeto de inúmeras discussões, ganhando espaço em diversos meios de

comunicação. Ele pode ser definido como ato de violência por meio de palavras, gestos e ações. Dito de outra

forma, ele pode ser conceituado como ato de agressão, intencional e repetido, por intermédio da violência física

ou simbólica (psicológica). Tais atos podem ser cometidos por uma pessoa ou por um grupo. Em geral, eles têm como

objetivo se sobrepor a alguém ou a um grupo concebido como inferior.
E, ainda que não tenham fundamentação alguma, os agressores atacam suas vítimas de forma impiedosa para

evidenciar sua preponderância e superioridade.

Esse mal ocorre de inúmeras formas. A primeira delas é a indireta, em que o bullyng, na maior parte dos casos,

por meio de atos velados e discretos, como olhares, imagens e ilustrações depreciativas, comentários maldosos e

negativos, etc. Em alguns casos, tais comentários podem até abranger a família da vítima, o que se conceitua como

agressão social, que, muitas vezes, ocasiona o isolamento da vítima.

Entretanto, na maior parte dos casos, a violência acontece de forma direta e agressiva. Nesse caso, ela ocorre

através de agressões físicas, gestos ameaçadores, chantagem, recusa social, diversos tipos de crítica (à

aparência, às vestimentas, à orientação sexual, à etnia, à regionalidade), submissão da vítima a situações

constrangedoras e problemáticas diante de outras pessoas, etc.

Além dessas duas formas, existe uma terceira, que se dá com base nas Tecnologias da Informação e Comunicação, as

famosas TICs. É o bullying virtual, mais conhecido como cyberbullying. Nesse caso, as vítimas são expostas em

sites de bate-papo e de relacionamento por intermédio de comentários depreciativos, falsos perfis da vítima e,

sobretudo, publicação de fotos (muitas delas montagens). Diante desse cenário, percebe-se que sua disseminação é

tão intensa que não ocorre apenas presencialmente, mas também virtualmente.

De todas as formas ele ataca suas vítimas e, acima de tudo, as diferenças, que são percebidas como

inferioridades. Assim, todos os atos de violência, cada qual à sua maneira, ocorrem em função da intimidação e da

humilhação. Com isso, eles atingem a autoestima de seus alvos e, especialmente, restringem acessos, privando o

cidadão de seus direitos.

Todos sabem que, nas últimas décadas, a ciência progrediu bastante, o que ocasionou grandes descobertas

científicas e avanços tecnológicos. Tal situação propiciou o surgimento de diversas concepções positivas acerca

da evolução da espécie humana. Contudo, a evolução do ser humano não se restringe à multiplicação de recursos e

artefatos tecnológicos,
mas, sobretudo, engloba os aspectos imateriais das pessoas. Nesse sentido, é primordial que elas evoluam em

termos de condição humana.

Silvio Profirio é aluno do curso de Letras da UFRPE. Email: silvio_profirio@yahoo.com.br. 

Perturbação na atenção, no controlo motor e na percepção (DAMP)


Perturbação na atenção, no controlo motor e na percepção (DAMP)

Pode conduzir a sérios problemas escolares



Trata-se, de um ponto de vista formal, de um conjunto de sintomas e sinais com causas diferentes e pode ter diversas causas. O DAMP é a associação de uma Perturbação da Atenção, a problemas no controlo motor e a problemas da percepção visual.

Para uma adequada formulação do diagnóstico de DAMP, torna-se necessário o envolvimento de uma equipa multi-disciplinar, que integre, no mínimo, um pediatra desenvolvimentalista, um psicólogo e um terapeuta da fala.


Primeiro critério – Défice de Atenção


O primeiro critério de diagnóstico de DAMP está relacionado com o Défice de Atenção (ou desatenção ou falta de atenção), expressa comportamentos como: não prestar atenção aos detalhes, cometer erros na escola ou em outras actividades por desatenção ou descuido; dificuldades em manter a atenção durante as tarefas ou jogos; parecem não ouvir o que se lhes diz, mesmo quando estamos a falar directamente com eles; não seguirem instruções e não terminarem os trabalhos escolares ou as tarefas caseiras.

Podem também revelar grandes dificuldades na organização de tarefas e de actividades; evitarem ou não gostarem de tarefas que requeiram concentração (como trabalhos escolares, em casa ou na escola); perderem objectos importantes ou imprescindíveis a um adequado desempenho em tarefas ou em jogos; frequentemente distraírem-se com estímulos desinteressantes (ex: uma mosca que passa).

Segundo critério - Perturbação do controlo motor



O segundo critério diagnóstico está relacionado com uma perturbação no controlo motor. Esta disfunção, corresponde a uma alteração quantitativa (atraso significativo na aquisição das competências motoras) ou qualitativa (desajeitamento ou falta de destreza na execução de movimentos) dos desempenhos motores.

Estas manifestações variam consoante a idade da criança. Por exemplo, antes dos 24 meses de idade, pode em vez de se sentar pelos seis ou sete meses, só adquirir essa capacidade aos nove ou dez meses; a aquisição da marcha (andar autonomamente) deverá surgir entre os onze e os quinze meses, mas as crianças com DAMP podem só começar a andar por volta dos dezoito meses.

À medida que a criança cresce é importante que os pais se mantenham atentos, a outras manifestações, por vezes mais subtis, como sejam a maneira desajeitada como a criança dá um pontapé na bola ou dá um nó aos atacadores dos sapatos.

Terceiro critério - Dificuldades perceptivas 


O terceiro critério diagnóstico está relacionado com uma perturbação da percepção (sobretudo visual). Para a formulação deste diagnóstico, torna-se necessário administrar testes específicos.

Notam-se problemas nos desempenhos cognitivos não-verbais. As crianças com perturbações da percepção visual têm sérias dificuldades na execução de tarefas que exijam competências visuo-espaciais, como reproduzir padrões com cubos de madeira, realizar puzzles ou reproduzir construções a partir de modelos (desenhos ou fotografias, por exemplo).

Poderão ser notadas, também, perturbações na percepção auditiva e táctil, embora os problemas perceptivos visuais sejam os mais relevantes. Por vezes, torna-se difícil saber se determinada incapacidade está relacionada com disfunções na coordenação motora, na percepção visual, ou com ambas.

Quarto critério - Problemas de Linguagem


Muitas vezes, existem também problemas linguísticos (sobretudo da articulação mas também podem surgir no volume da voz). Nos casos graves de DAMP, há disfunções em quatro áreas: Atenção; Motricidade (grosseira; fina); Percepção Visual; Linguagem. Nos casos ligeiros ou moderados, só algumas destas cinco áreas estão atingidas.

Após o diagnóstico, é importante que a criança/jovem tenha um seguimento psicopedagógico, de forma a ultrapassar as suas maiores dificuldades. Os estudos demonstram que, com a intervenção adequada, as melhorias são evidentes. 

Dislalia. O que é?

A dislalia (do grego dys + lalia) é um distúrbio da fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras. (Imagem: Shutterstock)

Quando a criança apresenta problemas de articulação dos fonemas, ela pode transferir os erros orais para a escrita. Saiba como identificar esse distúrbio. Para compreender a dislalia é interessante abordarmos alguns aspectos da construção da linguagem, que pode ser receptiva (de fora para dentro) e expressiva (de dentro para fora). A linguagem não se resume à fala. Ela pode ser também gestual, escrita e Braille.


Pelas ilustrações abaixo, podemos observar a evolução normal da linguagem. Percebe-se que, nos adultos, o hemisfério esquerdo do cérebro é dominante para a linguagem, o que não acontece no caso dos bebês. Essa dominância é construída durante o desenvolvimento da criança até a fase adulta.

Etapas normais da aquisição da linguagem



0-3 meses: Produção de sons (choro/consolo, gritos, barulhos); distingue sons familiares.

4-6 meses: Discriminação de sons da fala, compreensão de palavras (balbucio) e de expressões faciais; produção de vogais e, posteriormente, de consoantes.

7-9 meses: Balbucio reduplicado (“bababa”) de forma interativa e produção gestual comunicativa (aponta para os objetos).

10-12 meses: Primeiras palavras reais + jargão (balbucio com fala); contato visual, expressões faciais, vocalizações e gestos (se faz entender por meio dessas formas de comunicação antes mesmo de falar). 

12-18 meses: Produção de 10 a 50 palavras e algumas frases de duas palavras – chama a atenção para receber uma resposta verbal do adulto.

2 anos: Produz de 150 a 200 palavras e frases de 2 a 3 palavras.

3 anos: Formula sentenças gramaticalmente completas (com artigo, preposição e plurais); formula questões.

4 anos: Formulação sintática clara. Completa inteligibilidade é esperada aos 4 anos e 6 meses (meninas em média um pouco antes) para a fonologia do português e do inglês.


Competências

Para que a capacidade da linguagem se estabeleça, o sujeito deverá adquirir as seguintes competências, que dependem umas das outras: 

• sensação: capacidade de sentir o som;

• percepção: capacidade pela qual se reconhece o som;

• elaboração: capacidade de reflexão sobre os sons percebidos;

• programação ou organização das respostas e articulação: capacidade de permitir a emissão sonora que 

depende da articulação da fala. 
Definição e causas


Dislalia é um transtorno da linguagem oral. 

Algumas causas que provocam esse transtorno: 

• história de infecção congênita na família;

• uso de drogas pela mãe;

• falta de oxigênio no cérebro na hora do parto;

• icterícia;

• meningite;

• imitação dos erros ou cacoetes de pessoas próximas;

• alterações emocionais; 

• síndromes como a de Down, de Williams e a distrofia muscular progressiva de Duchene;

• hidrocefalias;

• neurofibromatose;

• psicopatias;

• ambiente familiar inadequado;

• paralisia cerebral; 

• deficiência auditiva;

• herança genética.

Tipos de dislalia

A dislalia pode ser: funcional, a mais comum e que se caracteriza pela maneira incorreta de articular o fonema, sem que haja qualquer comprometimento motor ou muscular; orgânica, quando a criança tem dificuldade para articular o fonema devido a algum tipo de comprometimento motor ou muscular; e audiógena, que está relacionada com dificuldades auditivas. Quando a criança apresenta problemas de articulação dos fonemas, ela pode transferir os erros da linguagem oral para a escrita, quando entra na escola. 


Tratamento

A partir dos 4 anos de idade, quando há suspeita de dislalia, a criança deve ser encaminhada ao otorrinolaringologista, fonoaudiólogo ou psicopedagogo. 


Precaução


O ideal seria que qualquer criança, antes de ser iniciada no trabalho de alfabetização, realizasse exames oftalmológicos e audiológicos para detectar possíveis alterações que viessem a interferir na aprendizagem. No caso de crianças em fase de alfabetização que apresentem problemas de dicção, a professora deve se esforçar para pronunciar muito bem cada palavra a fim de que cada fonema seja claramente percebido. É recomendável que a criança faça exercícios diários na frente do espelho, na hora de escovar os dentes. Com um gravador, pode gravar as palavras ou frases escolhidas, para ouvir sua própria dicção. Assim, vai perceber melhor quais as palavras que precisam de mais clareza.
No caso de uma criança pronunciar incorretamente uma palavra, a professora deve apenas repeti-la da forma correta. Não há necessidade de lhe dizer que a pronúncia está errada. Isso lhe causaria grande constrangimento. A autoestima da criança está em jogo e é nosso dever, como educadores, mantê-la elevada.

Fontes:

- Transtornos da Aprendizagem – Abordagem Neurobiológica e Multidisciplinar – Newra Tellechea Rotta, et. Al. – Artmed – 2006.

- www.espsacoaprendizagem.info

- www.appai.org.br

- www.guiainfantil.com


Charlotte Fermum Lessa - Natural de Bremen, Alemanha, formada em Pedagogia, pós-graduada em Psicopedagogia, especialista em PEI – Programa de Enriquecimento Instrumental níveis I e II de Reuven Feuerstein. Presidente e fundadora do Instituto de Desenvolvimento Humano Kathia Lessa. Além de tradutora e intérprete, Charlotte é também escritora, com oito obras publicadas pela Casa Publicadora Brasileira, na área infantojuvenil, entre elas: Deus me Fez Assim, Deus Fez Meus Sentidos, Um Amigo pra Jesus, Deus Ama os que São Diferentes, Sou Down e Sou Feliz e O Mundo Maravilhoso da Bíblia Para Crianças. 






FONTE DE PESQUISA:http://www.educacaoadventista.org.br/educadores/educacao-especial/488/o-que-e-dislalila-e-qual-o-tratamento.html