O coelhinho que não era de páscoa
Vivinho era um coelhinho. Branco,
redondo e fofinho.
Todos os dias, Vivinho ia à escola com
os seus irmãos.
Aprendia a pular, aprendia a correr...
E aprendia qual a melhor couve para se
comer.
Os coelhinhos foram crescendo até que
chegou a hora de
escolher uma profissão.
Os irmãos já tinham resolvido:
- Eu vou ser um coelho
de Páscoa como o meu pai.
- Eu vou ser um coelho
de Páscoa como o meu avô.
- Eu vou ser um coelho
de Páscoa como o meu bisavô.
E todos queriam ser coelhos de Páscoa
como o bisavô, o
trisavô, como todos os avôs.
Só o Vivinho não dizia nada!
Os pais perguntaram-lhe:
- E tu, Vivinho? Que
queres ser?
- Bem – disse o Vivinho
-, eu ainda não sei o que quero ser.
Mas sei o que não quero ser: um
coelhinho de Páscoa.
O pai do Vivinho espantou-se.
A mãe ficou escandalizada: -
OOOOHHHHH!!!
MENINO MULTICOLORIDO
Eu sou um
menino multicolorido.
É, eu sou
de todas as cores por dentro.Sou misturado. Meu sangue é feito do sangue de
muitas raças.
Minha mãe
disse que quem tem avós de raças diferentes é mis . . . mis . . . Esqueci! É um
nome complicado. Prefiro pensar que sou multicolorido.
Tenho
sangue de francês, de negro, de espanhol e de índio. Por fora eu sou
branquinho, de cabelo claro. Por dentro, sou europeu, preto, mulato, mestiço.
Acho que é por esse motivo que eu gosto tanto dos índios do Brasil. Gosto deles
porque eu sou um pedaço índio e porque eles estão deixando de ser índio por
inteiro. É que as pessoas brancas aqui do Brasil, já faz tempo, que estão
enganando e destruindo eles, os donos da terra.
Eu vi na
televisão os índios xavantes em Brasília. Eles estavam querendo que o
presidente ajudasse todos eles a não desaparecerem. Fiquei muito aborrecido.