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domingo, 19 de agosto de 2012

Orientações

Comunicado - aos Pais da Educação Infantil

 
 

Prezados senhores pais ou responsáveis

 
 

A construção de uma rotina de atividades é imprescindível para a internalização dos processos que envolvem a dinâmica da turma e a do colégio. Isso não significa que a sala de aula perderá o seu caráter interativo. Tampouco que, em todos os dias, as ações serão as mesmas, ou que teremos que seguir uma sequência rígida de organização pedagógica. A flexibilidade das ações e do planejamento, mesmo norteada por uma rotina pedagógica, será sempre viabilizada, conforme as necessidades evidenciadas nas interações ocorridas em sala de aula. Assim, em benefício da organização biológica, social e cognitiva das crianças propomos algumas sistemáticas de trabalho:

 
 

1. Entrada: A chegada ao colégio é um momento de expectativas para a criança, pois ela sabe que alguém a aguarda, que irá encontrar os companheiros. Solicitamos que sejam evitados os atrasos. Lembramos que o horário de início das atividades é às 12h30min no turno vespertino.

 
 

2. Saída: A saída é um momento em que a criança fica aguardando o seu familiar, com alegria e ansiedade. Por isso, faz-se necessário o cumprimento do horário escolar às 16h30min no vespertino. Quando houver a necessidade das crianças saírem com outras pessoas que não sejam os responsáveis, faz-se indispensável a comunicação por escrito na agenda ou diretamente com o professor.

 
 

3. Saída antecipada: Deve ser sinalizada via agenda. A mesma acontece mediante a justificativa da família e autorização. Pedimos procurar o a Recepção antes de se dirigir à sala de aula.

 
 

4. Ausências: Pedimos também informar aos professores e à Coordenação casos especiais com os filhos, como ausências médicas ou outros impedimentos.

 
 

5. Rodinha e atividades: Na rodinha e no momento das atividades, a criança desenvolve sua oralidade, estrutura seu pensamento, além de criar autonomia para falar. Portanto, o professor deve estar atento a cada fala de seus alunos, não podendo dispensar atenção a nenhum outro aspecto.

 
 

6. Portfólio: São trabalhos que destacam o desenvolvimento do aluno. É importante o envio de recados trimestrais de incentivo por parte da família.

 
 

7. Atendimentos: Os professores não podem atender telefonemas ou conversar com os pais durante as atividades de sala de aula, pois podem ocorrer fatos desagradáveis, além de prejudicar o rendimento escolar da turma. Quando desejar conversar com o professor, o(a) responsável deverá agendar um horário com a recepcionista.

 
 

8. Agenda: É o instrumento de comunicação entre família e escola. Deve ser verificada e assinada diariamente, contribuindo para um diálogo entre o colégio e os pais. Preencher a página inicial da agenda com os dados do aluno e dos responsáveis é de suma importância.

 
 

9. Hábitos de estudo: A criança deve ter, dentro do possível, um local arejado, silencioso, bem iluminado e um horário definido para realizar suas tarefas escolares.

 
 

10. Dever de casa: Será anotado na agenda e colocado na pasta do aluno. Deve ser feito pelo estudante, supervisionado e motivado, de preferência, pelos pais. A tarefa deve ser entregue no dia combinado.

Dever de casa da Pré-Escola I: duas vezes na semana, mais o livro na sexta-feira.

Dever de casa da Pré-Escola II: três vezes na semana, mais o livro na sexta-feira.

 
 

11. Autonomia: Incentivem a autonomia dos alunos: deixar que ele faça a tarefa de casa sozinho, apenas tirando eventuais dúvidas, permitir que ele entre na sala de aula sozinho, fazer com que ele organize a mochila sozinho...

 
 

12. Leitura: É necessário apoio e incentivo por meio de placas, identificação de rótulos, marcas, cartazes, leitura de histórias, aquisição de livros e revistas... Estimulamos o hábito de frequentar livrarias, bancas de jornal etc. Os livros de literatura serão solicitados no início de março. A partir de então, toda sexta-feira, os alunos levarão para casa um livro para ler junto com a família.

 
 

13. Avaliação: Ao final de cada trimestre, os pais receberão o Parecer Descritivo (Relatório de Desenvolvimento Pedagógico do Estudante), constando avaliação global e processual, com base no acompanhamento diário feito pela professora. A Pré-Escola II terá avaliações escritas contextualizadas durante os trimestres, abordando os componentes curriculares de Língua Portuguesa e Matemática ("Minhas Descobertas"). Essa última irá compor o portfólio.

 
 

14. Roupa sobressalente: Os alunos devem trazê-la na mochila, devidamente identificada.

 
 

15. Materiais: Livros, cadernos, estojos e demais pertences, devem ser identificados. Materiais esquecidos no colégio são encaminhados ao Serviço de Coordenação de Turno (SCT).

 
 

16. Material individual: Ajudem a criança a compreender a importância do cuidado, capricho e zelo com seu material. E organizem o material da escola, o que fica no colégio e o que vai para casa.

 
 

17. Uniforme: Deve ser identificado com o nome do aluno e é de uso obrigatório. Ressaltamos que o tênis é o calçado mais adequado para o período escolar. A calça jeans, bem como sandálias de plástico, papetes e botas não fazem parte do uniforme.

 
 

18. Lanche: Deve ser bem dosado, buscando a nutrição e o gosto da criança. Observar a quantidade de alimento que satisfaça, evitando-se exageros. Fazer uso de vasilhas identificadas com o nome do aluno e adequadas para os alimentos. Evitar o consumo de salgadinhos e refrigerantes. Não é permitido mastigar chicletes e chupar balas durante as aulas. Organizar-se para não esquecer o lanche ou dinheiro em casa.

 
 

19. Dias da fruta: Acontecem às terças e quintas-feiras, e tem como objetivo incentivar bons hábitos alimentares. Terá início no dia 02 de fevereiro. Pedimos que, na medida do possível, os alimentos já venham descascados e cortados.

 
 

20. Dia do brinquedo: É na sexta-feira. Não é permitido trazer espadas, revólveres, pistolas ou nenhum brinquedo que possa vir a ser perigoso ou estimular a violência. Sugerimos jogos coletivos ou brinquedos mais simples, pois esse é também um dia de partilha. Não encaminhar jogos eletrônicos e caros.

 
 

21. Comemoração de aniversário: Deve ser agendado com a recepção do colégio com 10 (dez) dias de antecedência. A comemoração não tem caráter de festa, mas de um "lanche especial", e será realizada somente na sexta-feira, durante o horário de intervalo. É permitido o bolo para o momento dos "parabéns", mas as demais guloseimas devem ser trazidas em um kit individual para cada criança. Sucos são bem vindos. Ressalta-se que não são permitidas decorações com mesas temáticas.

 
 

22. Visitas de estudo: São sinalizadas por meio de comunicado, via agenda escolar. Destaca-se que somente o pagamento não confirma a saída da criança do colégio. Assim, é necessário o preenchimento da autorização.

 
 

23. Eventos escolares: É importante que a criança participe dos diferentes eventos escolares (Lassalíada, Festa Junina, datas comemorativas, celebração de Natal) para que se sinta pertencente ao grupo.

 
 

24. Aulas específicas: As turmas de Educação Infantil terão uma aula semanal de Arte, de Educação Física e aula especial (ballet para as meninas e judô para os meninos), dentro do horário de aula.

 
 

25. Reunião de pais e mestres: Solicitamos o máximo de empenho no sentido de comparecer às reuniões, pois são momentos de trocas de informações sobre o acompanhamento pedagógico da turma e do estudante (não trabalhamos com a reunião de final de ano).

 
 

Atenciosamente,


 


 


 

OS DEZ MANDAMENTOS DO DEVER DE CASA

1. Jamais faça a lição por seu filho ou permita que outros o façam (avós, empregada, irmão mais velho, amigo). Tenha clareza de que a lição é de seu filho e não sua, portanto, ele tem um compromisso e não você.

2. Organize um espaço e um horário apropriados para ele fazer as tarefas.

3. Troque ideias ou formule perguntas para ajudar no raciocínio, mas só se for requisitado. Não dê respostas, faça perguntas, provoque o raciocínio.

4. Oriente, a correção fica a cargo do professor. Importante: não vale apagar o erro de seu filho. Quem deve fazer isso é o professor. Aponte os erros (torne o erro construtivo).

5. Diga "tente novamente" diante da queixa. Refaça. Recomece. Caso seu filho perceba que errou, incentive-o a buscar o acerto ou uma nova resposta. Demonstre com exemplos que você costuma fazer isso. Nesse caso, valem os itens anteriores para reforçar este.

6. Torne o erro construtivo. Errar faz parte do processo de aprender (e de viver!). Converse, enfatizando a importância de reconhecermos os nossos erros e aprendermos com eles. Conte histórias que estão relacionadas a equívocos.

7. Não misture as coisas. Lição e estudar são tarefas relacionadas à escola. Lavar a louça, arrumar o quarto e guardar os brinquedos são tarefas domésticas. Os dois são trabalhos, no entanto, de naturezas diferentes. Não vincule um trabalho ao outro, e só avalie as obrigações domésticas.

8. Não julgue a natureza, a dificuldade ou a relevância da tarefa de casa. A lição de casa faz parte de um processo que começou em sala de aula e deve terminar lá. Se você não entendeu ou não concordou, procure a escola e informe-se. Seu julgamento pode desmotivar seu filho e até mesmo despotencializar a professora e, consequentemente, a tarefa de casa e seus objetivos.

9. Demonstre que você confia em seu filho, respeita suas iniciativas e seus limites e conhece suas possibilidades. Crie um clima de camaradagem e consciência na família, mas não deixe de dar limites.

10. Use letras manuscritas maiúsculas para fazer o dever de casa.

A

B

C

D

E

F

G

H

I

J

K

L

M

N

O

P

Q

R

S

T

U

V

W

X

Y

Z

    


 

11. Lembre seu filho de lavar as mãos antes de fazer o dever de casa.


 


 


 


 


 


 


 

Sugestões:

  • Trabalhe junto com a escola. Escola e família têm papeis diferentes, mais um objetivo comum. Respeite o espaço de cada um.
  • Pergunte sempre a seu filho, como foi o dia na escola, mas não cobre uma resposta. Respeite sua privacidade.
  • Compreenda que a responsabilidade das tarefas de casa é do seu filho. Seja parceiro quando necessário, mas não assuma a responsabilidade. Permita que ele arque com as consequências. Ah! Lembre-se que não é objetivo de um bom dever de casa, manter seu filho ocupado, assim não deve ser em excesso.
  • Estimule-o a pensar por si só. Deixe que ele resolva os seus problemas, busque alternativas, ache soluções.
  • Não torne o horário de estudos uma batalha, negocie e estabeleça metas. Cobre os resultados.
  • Preocupe-se menos com a nota e mais com a aprendizagem.
  • Confie na escola e caso tenha duvidas resolva-as com a escola e não com outros pais ou com seus filhos.
  • Escolha bem a escola que irá matricular seus filhos, visite-a e conheça seu Projeto Político Pedagógico, após a escolha acredite em sua proposta e aceite sua forma de trabalhar.
  • Ao ir ao shopping, visite também as livrarias com o seu filho.
  • Lembre-se: "a palavra convence, mas o exemplo arrasta" Seus comentários e principalmente suas ações influenciam diretamente na vida escolar de seus filhos.


 


 


 


 


 


 


 


 


 


Crianças violentas uma realidade dos nossos dias?

Impor limites é ensinar a criança a se controlar  

Um trabalho pioneiro da professora Maria Abigail de Souza, do Instituto de Psicologia da USP, com 14 meninos violentos, entre 9 e 11 anos, todos vítimas de abandono emocional e social, mostrou que estas crianças se acalmam ao receberem atenção de adultos próximos.

A idéia de atender crianças agressivas surgiu quando a psicóloga trabalhava com dependente de drogas entre 18 e 30 anos e constatou que todos os seus pacientes haviam sido crianças violentas.

A atenção e o afeto fazem com que as crianças que sentem ódio construam suas vidas no registro oposto, descobrindo vivências de amor. E, a partir daí, tenham ao menos possibilidade de escolha entre um e outro sentimento. Esta é uma das técnicas de tratamento de crianças agressivas recomendadas pelos psicanalistas americanos Fritz Redl e David Wineman em "Crianças agressivas" e "O tratamento de crianças agressivas" (Editora Martins Fontes). Os autores demonstram que a criança que sente ódio não consegue amar simplesmente porque desconhece o que é amor.

Mas há casos de crianças agressivas causados por problemas neurológicos, que podem ser hereditários ou decorrentes de quedas ou pancadas na cabeça, segundo o psiquiatra Alfredo Castro Neto. Os sintomas são mudanças drásticas de conduta, falta de controle dos impulsos (crianças muito agitadas) e dificuldade de atenção nas aulas:

- Há crianças que levam uma pancada na cabeça e sofrem lesão cerebral grave, que leva a um comportamento agressivo. Neste caso, a criança precisa de acompanhamento médico e talvez de tratamento com drogas fortes. Segundo pesquisas feitas pelo americano Paul Wender, estas crianças, se não forem tratadas, tornam-se adultos delinqüentes ou alcoólatras - alerta.

Claudia Andrade tem um filho com hiperatividade, doença que se manifesta por excesso de agitação e, às vezes, por comportamento violento. Ela diz que a melhor forma de ajudar é responder à agressividade com carinho:

- É difícil, mas procuro achar meios de punir construtivamente, sem fazer ameaças nem recorrer a pancadas. Meu filho melhorou muito depois que passou a fazer atividades alternativas como ioga para crianças.

A psicanalista e professora da Universidade Santa Úrsula Ruth Goldemberg ressalta que a agressividade pode ser um elemento positivo na criança, se for acolhida pela mãe sem retaliações:

- As relações humanas se constróem a partir do amor e do ódio. Se a mãe souber dar limites à criança com ternura e serenidade, a criança toma posse de seus sentimentos destrutivos e aprende a controlá-los. Quando a criança vive momentos de perdas importantes, como uma doença da mãe ou a separação dos pais, ela rouba, mente, incomoda desesperadamente e tem uma conduta caótica. Ela está chamando a atenção, pedindo ajuda. Se for atendida, recupera-se e os sintomas desparecem.

    Mais informações:

Como os pais podem ajudar os filhos
O que observar no comportamento infantil
Crianças violentas

 
 


 

Como os pais podem ajudar os filhos

ATÉ 3 ANOS: A agressividade nesta idade é considerada natural, uma manifestação de desejos que a criança não sabe expressar em palavras. Sem brigar, gritar ou dar tapinhas no filho, os pais devem impedir que as crianças machuquem os colegas. Basta ensinar à criança que ela não pode morder ou bater nos amigos com um firme "não, neném".

DE 3 A 7 ANOS: Nesta fase, a criança precisa de limites básicos e pode reagir de forma agressiva ao deparar-se com eles. O caminho é impor limites sem ameaças, surras ou violências que causem mais raiva e ressentimento. Nesta idade, a criança precisa de educação e, principalmente, de carinho. Se ela se jogar no chão de pirraça, cuspir nos pais ou ameaçar esbofeteá-los, os pais devem repreendê-la com um momento de reclusão no quarto ou numa poltrona para que a criança pense nas bobagens que anda fazendo.

DE 7 A 10 ANOS: Esta é a faixa etária perigosa, em que a criança já sabe o que pode ou não fazer. Se ela transgride com freqüência, merece maior atenção de pais e professores e talvez a ajuda de uma terapia. As punições devem ser pacíficas e construtivas, porque atos violentos geram mais violência.

 O que observar no comportamento infantil  

BRIGAS NA ESCOLA: A criança começa a brigar com os colegas e a agredir funcionários da escola. É o primeiro sinal de que algo não vai bem. Os pais devem investigar a causa da agressividade com ajuda de professores e de terapeutas.

IMPOTÊNCIA PARA DESAFIOS: As crianças não conseguem fazer suas tarefas diárias e tornam-se agressivas. Têm medo e ansiedade. Os pais devem apoiá-las na realização de trabalhos sem agredi-las com excesso de cobranças.

HORROR AO FRACASSO: Se a criança tem ataques quando fracassa numa tarefa ou é contrariada, o potencial para que se torne violenta já está desenvolvido. Os pais devem impor limites com carinho.

ARROGÂNCIA: Se a criança alcança uma vitória e, em vez de sentir-se feliz, torna-se arrogante e irrita os colegas, deve ser mais bem observada porque sente raiva no lugar do prazer, o que é um sintoma de falta de afeto.

BAIXA AUTO-ESTIMA: A criança que se sente indigna de admiração e apreço carrega enorme potencial agressivo. Os pais devem ajudá-la a melhorar a auto-estima convencendo-a de suas qualidades e de seus méritos.

INTROSPEÇÃO: Se a criança está muito introspectiva pode ser um sinal de que não sabe pedir ajuda. Pode estar sentindo-se desamparada e isto resulta, com freqüência, em explosões de ódio.

  Crianças violentas  

Marcia Cezimbra

Os crimes recentes praticados por crianças de classe média com armas de fogo em Brasília e no Paraná confirmam a estimativa de pedagogos e professores de que 5% dos alunos de escolas particulares do Rio e de São Paulo têm comportamento agressivo e insuportável com colegas e funcionários. A violência de crianças de classe média não é mais uma característica exclusiva das escolas dos Estados Unidos, onde, nos últimos cinco anos, houve 221 assassinatos (44 por ano em média). Os assassinos americanos têm de 11 a 15 anos de idade, não passam fome, vestem boas roupas e recebem mesadas. Este perfil já se desenha no Brasil.

O pesquisador americano Robert Blum, da Escola de Medicina da Universidade de Minnesota, concluiu que a causa da agressividade das crianças da classe média americana é falta de amor. Blum leu 90 mil questionários distribuídos a adolescentes e analisou 12 mil entrevistas feitas por uma equipe de auxiliares, um longo trabalho encomendado pela Clínica Mayo, de Rochester:

- A criança que não se sente amada, querida e cuidada pelos pais torna-se violenta. Esta situação agravou-se a partir dos anos 60, quando mais mães entraram no mercado de trabalho, ficando mais de 12 horas longe dos filhos. A negligência também gera agressividade nas crianças - comenta Blum.

O psiquiatra Alfredo Castro Neto concorda que a violência da criança de classe média não é gratuita. É provocada pelo comportamento imprevisível e violento dos pais que, segundo ele, desumaniza a criança e a leva a perder os sentimentos pelos outros. Foi assim com o menino Bruno, de 8 anos. Ele bateu tanto nos colegas que foi expulso da escola, na Zona Norte do Rio. Os pais levaram um susto quando a diretora exigiu uma psicoterapia para que o menino voltasse às aulas. Bruno foi atendido por Alfredo Castro Neto e, depois de muita conversa e alguns desenhos, revelou a causa do mau comportamento: o pai, muito violento, freqüentemente batia no filho e certa vez lhe fez uma aterrorizante ameaça: se não parasse de chorar, o pai perfuraria seus olhos com uma chave de fenda.

- A criança reproduz a violência com a qual é tratada pelos pais. Bruno, ao bater nos colegas, fazia exatamente isto. Ele sentia-se tão massacrado que se desenhou do tamanho de um parafuso, com uma chave de fenda acoplada aos olhos.

A primeira providência da escola é convocar os pais e pedir que dêem mais atenção ao filho. A professora Rosa Martins, da Escola Vilhena de Moraes, diz que cabe ao colégio fazer um esforço para evitar a exclusão da criança:

- Nós tivemos dois irmãos muito violentos que traziam estiletes para ameaçar os colegas. Eu mesma levei muitos pontapés ao tentar apartar as brigas deles. Fizemos um trabalho diário para ajudar os meninos: impedíamos as brigas e passávamos muitas vezes um longo tempo conversando para convencê-los de que é melhor ter amigos e viver em paz. Fizemos isto sem a ajuda dos pais, que não queriam saber do problema. A causa da violência destes meninos era, justamente, o descaso dos pais.