A CASA DOS TRÊS PORQUINHOS
OBJETIVOS:
* INSTIGAR O GOSTO PELA LEITURA
* DESENVOLVER A ATENÇÃO, CONCENTRAÇÃO, LATERALIDADE, AGILIDADE, EQUILÍBRIO E NOÇÕES ESPACIAIS
*ESTIMULAR A CRIATIVIDADE, SENSIBILIDADE, CURIOSIDADE E IMAGINAÇÃO
*ESTIMULAR A LINGUAGEM ORAL
*TRABALHAR CONCEITOS MATEMÁTICOS E SENSORIAIS
*TRABALHAR A COORDENAÇÃO MOTORA, ATENÇÃO E RACIOCÍNIO
FAIXA ETÁRIA 4 E 5 ANOS.
CONTOS DE FADAS E
FÁBULAS PODEM SER USADOS PARA TRABALHAR NÃO APENAS ALFABETIZAÇÃO E
ORALIDADE, MAS TAMBÉM MATEMÁTICA E PSICOMOTRICIDADE, COMO FEZ A
PROFESSORA DE EDUCAÇÃO INTANTIL NIVIAN DE ALMEIDA DE ALVES, DO COLÉGIO
SCARANNE, EM SÃO PAULO (SP). "DESENVOLVER UM PROJETO COM CONTOS E
FÁBULAS É IMPORTANTE PORQUE A CRIANÇA NESSA FAIXA ETÁRIA TEM GRANDE
INTERESSE POR HISTÓRIAS DE PRINCESAS, BRUXAS, FADAS, ALÉM DE BICHINHOS E
SERES DA NATUREZA HUMANIZADOS. ASSIM, DESPERTAMOS O INTERESSE,
ENVOLVIMENTO E PARTICIPAÇÃO DELAS NAS ATIVIDADES PROPOSTAS, E HÁ VÁRIOS
CAMINHOS PARA TRABALHAR OS CONTOS", DIZ A PROFESSORA.
HORA DO CONTO E DO RECONTO
OBJETIVOS:
*INSTIGAR O GOSTO PELA LEITURA
*ESTIMULAR A LINGUAGEM ORAL
*ESTIMULAR A MEMÓRIA, PERCEPÇÃO, ATENÇÃO E EXPRESSÃO ORAL
*COMPREENDER O ENREDO DA HISTÓRIA E A SEQUÊNCIA COMEÇO, MEIO E FIM
*DRAMATIZAR AS HISTÓRIAS.
A PRIMEIRA PARTE DO PROJETO FOI A CONTAÇÃO DA CLÁSSICA HISTÓRIA DOS
TRÊS PORQUINHOS AOS ALUNOS. PARA ISSO, NIVIAN USOU GRAVURAS GRANDES,
PARA QUE AS CRIANÇAS PUDESSEM OBSERVAR DETALHES QUE CONTRIBUEM PARA A
ORGANIZAÇÃO DOS PENSAMENTOS E DE ENTENDIMENTO DA HISTÓRIA. NA SEQUÊNCIA,
A PROFESSORA TRABALHOU O RECONTO DA HISTÓRIA, PARA DESENVOLVER A
MEMÓRIA, A PERCEPÇÃO E A ATENÇÃO DOS PEQUENOS. "UMA ÓTIMA SUGESTÃO É O
RECONTO NO COLETIVO, EM QUE TODOS PARTICIPAM, E CADA CRIANÇA RECONTA UMA
PARTE DA HISTÓRIA CONFORME É ESCOLHIDA", SUGERE NIVIAN.
TRABALHANDO VALORES
OBJETIVOS:
*TRABALHAR O LADO EMOCIONAL DA CRIANÇA
*TRANSMITIR MENSAGENS PERMITINDO QUE A CRIANÇA REFLITA, CRIE E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES.
OS CONTOS TAMBÉM SÃO ÓTIMAS FERRAMENTAS PARA TRABALHAR VALORES E
SENTIMENTOS POSITIVOS OU NEGATIVOS, COMO DEDICAÇÃO AO TRABALHO,
INTELIGÊNCIA, AMIZADE, PREGUIÇA E MEDO. "TRABALHAR VALORES PERMITE A
ESCOLHA DE CAMINHOS POSITIVOS DESDE A INFÂNCIA ATÉ A VIDA ADULTA. ELES
SÃO A BASE PARA A FORMAÇÃO DE UM SUJEITO CRÍTICO", COMENTA NIVIAN. ENTRE
OS VALORES CONTIDOS NA HISTÓRIA, A PROFESSORA TRABALHOU COM OS ALUNOS: A
IMPORTÂNCIA DE FAZER O TRABALHO BEM FEITO, DEIXANDO DE LADO A PREGUIÇA,
A AMIZADE DOS TRÊS PORQUINHOS E A BOA CONVIVÊNCIA ENTRE ELES, E O
CULTIVO À ESPERANÇA E AO SONHAR, COM A EXPECTATIVA DE UM FINAL FELIZ.
PSICOMOTRICIDADE
MATERIAIS:
*"TIJOLOS" FEITOS COM CAIXA DE LEITE ENCAPADA
*"CARRINHO DE MÃO"FEITO COM UM PEDAÇO DE TNT
*CAPACETE DE PLÁSTICO
OBJETIVOS:
*TRABALHAR A COORDENAÇÃO MOTORA, ATENÇÃO E RACIOCÍNIO
*DESENVOLVER A CONCENTRAÇÃO, LATERALIDADE, AGILIDADE, EQUILÍBRIO E NOÇÕES ESPACIAIS.
*
NIVIA COMENTA QUE UM BOM DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR NA EDUCAÇÃO
INFANTIL PROPORCIONA ÀS CRIANÇAS ALGUMAS CAPACIDADES BÁSICAS PARA UM BOM
DESEMPENHO ESCOLAR, PERMITINDO QUE ELAS CHEGUEM AO ENSINO FUNDAMENTAL
MAIS ATENTAS, SOCIÁVEIS E SEM DIFICULDADES QUANTO AO TRAÇADO DAS LETRAS E
NÚMEROS. AS ATIVIDADES RELACIONADAS À PSICOMOTRICIDADE SÃO AQUELAS DE
ENGATINHAR, ANDAR, CORRER, SUBIR, DESCER, EMPILHAR, ENCAIXAR, ENTRE
OUTRAS. "QUANDO CRIEI O PROJETO OS TRÊS PORQUINHOS, MINHA INTEÇÃO NA
PSICOMOTRICIDADE ERA DESENVOLVER ESSAS ATIVIDADES (ANDAR, EMPILHAR ETC)
DE UMA FORMA LÚDICA, POR ISSO TIVE A IDEIA DE CONSTRUIR A CASA DE TIJOLO
DOS PORQUINHOS", CONTA A PROFESSORA.
* APÓS CONTAR A HISTÓRIA, NIVIAN QUESTIONOU AS CRIANÇAS SOBRE AS CASAS
DA HISTÓRIA, QUE TIPOS DE MATERIAIS FORAM UTILIZADOS PARA A CONSTRUÇÃO,
QUAL FOI A MAIS FÁCIL DE SER DERRUBADA E QUAL FOI A MAIS SÓLIDA. PARA
CONSTRUIR A CASA SÓLIDA, ELA PERGUNTOU QUE TIPO DE MATERIAL PODE SER
USADO E QUAL PROFISSIONAL TRABALHA NESSA CONSTRUÇÃO. NIVIAN QUESTIONOU
AINDA QUAL A FERRAMENTA DE TRABALHO E SE EXISTE ALGUM TIPO DE UNIFORME
OU OBJETO DE PROTEÇÃO PARA TRABALHOS EM OBRAS.
*NA SEGUÊNCIA, A PROFESSORA PREPAROU O AMBIENTE, DEIXANDO UM ESPAÇO
LIVRE PARA QUE AS CRIANÇAS PUDESSEM SE DESLOCAR DE UM LUGAR PARA O
OUTRO, BUSCANDO O MATERIAL (TIJOLOS FEITOS COM CAIXA DE LEITE) E LEVANDO
ATÉ O LOCAL PARA A CONSTRUÇÃO NO "CARRINHO" DE TNT. "TRABALHANDO ASSIM A
PSICOMOTRICIDADE, POIS A CRIANÇA DEVIA PUXAR O TECIDO COM OS BRAÇOS
ESTICADOS E ANDANDO DE COSTA. NO LOCAL DA CONSTRUÇÃO, ELA DEVIA FAZER A
PAREDE DA CASA DE TIJOLOS, EMPILHANDO AS CAIXAS DE LEITE", DIZ NIVIAN.
MATEMÁTICA
OBJETIVOS:
* TRABALHAR CONCEITOS MATEMÁTICOS E SENSORIAIS
*APRESENTAÇÃO DO NÚMERO 3 E A QUANTIDADE CORRESPONDE.
DICA ESPERTA!
PAÇA À CRIANÇA QUE NÃO SE
ESQUEÇA DE UTILIZAR O CAPACETE PARA A EXECUÇÃO DO TRABALHO, PARA SIMULAR
A PROTEÇÃO NECESSÁRIA NUMA SITUAÇÃO REAL!
NA HORA DE COLCOAR OS TIJOLOS NO CARRINHO DE MÃO (TECIDO TNT), VOCÊ
PODE TRABALHAR TAMBÉM A QUANTIDADE CORRESPONDE AO NÚMERO DE PORQUINHOS E
CASAS DA HISTÓRIA CONTADA: O NÚMERO TRÊS, ASSIM O ALUNO DEVERÁ COLOCAR
TRÊS TIJOLOS. "APROVEITAR O INTERESSE E O ENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS COM A
HISTÓRIA É UMA BOA OPORTUNIDADE PARA TRABALHAR O CONCEITO MATEMÁTICO DO
NÚMERO TRÊS E A QUANTIDADE CORRESPONDENTE, POIS A CRIANÇA TERÁ FÁCIL
ASSIMILAÇÃO ASSOCIANDO O NUMERAL À HISTÓRIA E A QUANTIDADE AOS
PERSONAGENS E ÀS CASAS CONSTRUÍDAS", ACRESCENTA NIVIAN.
FONTE: GUIA PRÁTICO PARA PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL
SUGESTÕES DE ATIVIDADES:
Os Três Porquinhos
Atividade dessa aula:
Primeira atividade:
fiz uma sondagem com os alunos, para saber se alguém conhecia alguma
outra versão da história dos três porquinhos. Alguma história que
tivesse o começo ou o final ou alguma parte que fosse diferente da nossa
história. Isso já fez acontecer uma boa conversa sobre as várias
versões conhecidas pelos alunos.
Segunda atividade:
Os alunos que conheciam as versões mais diferentes da história dos três
porquinhos, apresentavam suas versões para a turma recontando a
história.
Não, eu não sou um porquinho (rsrs) é que recepcionei todas as turmas com a máscara de porquinho, uma maneira de chamar a atenção desde a chegada das crianças na sala.
Contei a história
com a ajuda de uma avental de feltro e fantochinhos com velcro. Mas
minha maior ferramenta mesmo é a imaginação das crianças, que é
encantada.
Já com os alunos de 8 a 11 anos, a história dos
Três Porquinhos foi outra, usei o livro, A VERDADEIRA HISTÓRIA DOS TRÊS
PORQUINHOS, de Jon Scieszka. Foi muito interessante contar esta história
para as crianças desta idade, porque eles já conheciam bem várias
versões da tradicional história dos três porquinhos, então conseguiram
entender e se envolver com esta nova história que traz a versão do lobo.
O autor escreveu a história como se fosse o lobo
contando os fatos, e isso impressionou os alunos, tanto que na discussão
ao final da leitura estavam divididos, alguns defendendo o lobo e
outros tentando encontrar evidências da culpa do mesmo. (rsrs isso daria
um bom tribunal do juri)
FONTE: http://saladeliteraturainfantil.blogspot.com/2009/02/os-tres-porquinhos.html
A história que vamos ler é a dos três porquinhos e o Lobo e, como aqui
vamos ver, só um deles não é bobo, pois os outros dois quase perdem a
vida, criando juízo depois que a fera foi vencida.
Era uma vez três porquinhos. Cícero, Heitor e Prático. Um
dia decidiram construir três casas. Cada um ia fazer a sua, para
esconder-se do lobo, que era muito mau e gostava de comer porquinhos.
Cícero encontrou logo tudo que precisava:
- Eis aqui uma porção de bambus, cola e barbante. Com isto, vou
construir uma casa muito boa!
Heitor logo falou:
- Um sopro do lobo chega para derrubar sua casa.
- Nada disso! Você está brincando? Minha casa vai ser muito forte!
E num instante o porquinho Cícero estava com a casa pronta. Todo
contente pôs-se a cantar:
"A minha casa eu fiz, sozinho e terminei, pra morar nela
feliz, feliz tal qual um rei!"
Os outros dois porquinhos continuaram caminhando pela estrada.
Pretendiam fazer casas melhores que a do Cícero, por isso procuravam
material mais forte que bambu.
Logo adiante Heitor falou:
- Ei, irmãozinho! Por que não paramos aqui? Veja que tábuas ótimas! O
lobo não poderá derrubar uma casa feita com elas.
- Ora, com dois sopros o lobo derruba uma casa de tábuas! - respondeu
Prático. - Mas se você quer, fique aqui para construí-la. Eu vou
procurar coisa melhor.
- Vou fazer uma casa à prova de lobo, você vai ver! - disse Heitor
que já estava cansado de tanto andar e achou melhor começar o trabalho.
Não levou mais que um dia para fazer a casa.
Quando estava pronta ele cantou:
"A minha casa eu fiz, sozinho e terminei, pra morar nela
feliz, mais feliz do que um rei!"
Prático não tinha preguiça. Trabalhou quatro dias sem parar, para
construir sua casinha. Mas, quando terminou o serviço, a casa era
sólida, feita de tijolos e cimento. Tinha até janela, porta com cadeado
e lareira com chaminé!
Os três irmãos ficaram morando cada um na sua casinha.
Um dia o lobo passou ali por perto e sentiu cheiro de porquinho, que era
sua comida predileta.
- Hum! Que cheiro bom de porquinho! Até me dá água na boca! Vem daquela
casinha de bambu... Vou dar uma olhada.
- O lobo! - gritou
Cícero
assustado, ao vê-lo.
Oh, um porquinho! - exclamou o lobo lambendo os beiços. - Que está
fazendo aí dentro de casa? Venha dar um passeio comigo!
- Eu não! - respondeu o porquinho. - Você está querendo me comer.
Não
vou nessa conversa. Não sou nenhum bobo.
- Se não vai por bem, vai por mal - ameaçou o lobo. - Vou soprar sua
casinha e com um único sopro ela voará pelos ares!
- Isso é o que você pensa! - respondeu o porquinho. - Minha casa é muito
forte!
- Depois não diga que não avisei - continuou o lobo.
- Lá vai: um . . . dois . . . três!
O lobo soprou e com o primeiro bufo já derrubou a casinha. Os bambus
voaram pelos ares e Cícero saiu voando também.
Que aperto! Com o lobo nos calcanhares, Cícero tratou de
correr para a casa de Heitor, gritando:
- Depressa, abra a porta! O lobo está atras de mim!
- Entre, entre! - disse Heitor. - Aqui estaremos a salvo.
Ao chegar perto da casa de Heitor, o lobo fingiu de bonzinho e falou:
- Estou triste e sozinho, deixem-me entrar!
Os porquinhos responderam:
- Não somos bobos! Você quer nos comer. Não vamos abrir a porta nunca.
- Não? Pois já lhes mostro o que vai acontecer - respondeu o lobo.
- Prestem atenção: um . . . dois . . . três . . .!
o lobo soprou e no segundo bufo já a casa de tábuas estava voando pelos
ares. Mais que depressa os dois porquinhos se agarraram ao madeirame do
telhado. Cícero e Heitor voaram junto com a casa.
A sorte dos dois foi que caíram perto da casa de Prático. Assim que se
viram no chão, trataram de correr para lá em disparada.
- Depressa, Prático, abra a porta! O lobo, com dois bufos, mandou minha
casa de tábuas pelos ares!
Cícero falou também:
- Depressa, Prático, abra a porta! O lobo, com um bufo, desmanchou
minha casinha de bambu!
O Prático abriu a porta e os dois entraram correndo.
Eu bem que avisei, disse Prático. - Suas casinhas eram muito fracas
para resistir ao lobo. Eu trabalhei bastante, mas minha casa de tijolo e
cimento é forte. Nem com dez bufos o lobo consegue derrubá-la.
- Vamos trancar a porta com o cadeado! - disse o Gorducho.
- E vamos fechar as janelas, depressa!
O lobo já ia chegando. Descera a colina correndo tanto que estava sem
fôlego. Parou diante da casa de Prático e ficou admirado de ver como o
porquinho tinha conseguido fazer uma casa tão sólida.
- Não vai ser fácil derrubá-la, ainda mais que estou cansado de tanto
correr . . . Acho melhor arranjar um jeito de enganar esses três
bobinhos.
- Porquinhos, deixem-me entrar, só quero cumprimentar!
- Lobo velho disfarçado, você gosta de assado. Não
insista vai embora, estamos dentro, você fora.
- Ora, deixem de conversa! Vocês vão ou não abrir essa
porta?
- De jeito nenhum, desista!
- Estou perdendo a paciência porquinhos!
- Azar o seu! Não temos nada com isso!
O lobo furioso:
Que falta de respeito! Afinal, sou mais velho que vocês e além disso,
sou lobo e vocês são porquinhos! Vocês tem que me obedecer! Pela última
vez, abram essa porta!
- Não, não e não!
Então lá vai:
- Um . . . dois . . . três . . .
O lobo soprou com toda força que tinha. Estava com tanta raiva, que seu
sopro foi ainda mais forte. Mas a casa de tijolos, nem se abalou.
O lobo soprou de novo e tornou a soprar . . . Cada vez ficava com
mais raiva e soprava mais forte. Mas não adiantava nada: a casa não
caía.
- Não falei que minha casa era sólida? Pode bufar quanto quiser . . . a
casa vai resistir até você não aguentar mais!
O lobo viu que o porquinho tinha razão. Já estava completamente sem
folego e a casa não caía. Tratou então de passar a conversa nos três:
- Porquinhos, sabem o que eu encontrei? Aqui bem perto há uma macieira
carregada. Que tal se dividirmos as maçãs?
- Ótimo! Aceitamos!
- Pois bem. - Vamos marcar um encontro, amanhã pela manhã.
- Combinado - disseram os três porquinhos.
Na manhã seguinte, o lobo chegou à macieira e não viu os porquinhos. Daí
a pouco uma voz chamou:
- Lobo mau, estamos aqui em cima da macieira!
- Desçam já daí - gritou o lobo.
- Por que? Estamos comendo nossa parte das maçãs - responderam os três.
- Ajudem-me a subir na árvore! - pediu o lobo.
- Não precisa subir - respondeu Prático. - Vou atirar-lhe uma maçã,
toma!
- Hum, é uma bela maçã! Vou pegá-la. Caiu aqui no meio do capim . . .
Não consigo encontrá-la . . . Onde estará?
A maçã fique comendo para matar sua fome. Vamos pra casa
correndo pois senão você nos come.
Viva o rei da esperteza, viva o nosso grande lobo. Ganhou
hoje, com certeza, o premio de maior bobo!
Que significa isso? - perguntou o lobo zangado. - Ah, seus malandros!
Estão se fechando dentro de casa!
O lobo distraído, a procura da maçã, não vira os três porquinhos
descerem da árvore e correrem a trancar-se na casa de tijolos.
O lobo arranjou uma escada bem alta e encostou à casa. Devagarinho,
tratou de subir sem fazer barulho.
- Agora não me escapam! - pensava ele. - Vou entrar pela chaminé . . . e
cairei bem no meio deles! Os três bobinhos nem perceberão de onde eu
vim!
Mas os três porquinhos, fechados dentro da casa, estavam alertas.
Vendo as patas do lobo pela janela, Cícero avisou:
- Irmãos o lobo vai entrar pela chaminé
- Vamos fugir! - disse Heitor.
Deixe que ele venha! - falou Prático.
- Vai cair no fogo e se queimar todo! - respondeu o Gordinho.
O lobo, no entanto, ia pensando:
- Basta escorregar pela chaminé . . . sem barulho . . .
E desceu, sem imaginar o que o esperava.
- Socorro! Minha cauda está queimando! Socorro! Água! Socorro!
Com fogo o lobo corremos, dando-lhe boa lição e rindo agora o vemos
sumir como um rojão!
Grande é a nossa felicidade, uma festa se fará. O bem venceu a maldade,
o lobo não voltará!
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FONTE: http://www.contandohistoria.com/ostresporquinhos.htm